segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Show Viva Itália

No ano em que se comemora o Momento da Itália no Brasil, o público de São Bento do Sul conferiu um show musical preparado especialmente com músicas italianas. Foi no dia 06 de outubro, quinta-feira, na Sociedade Bandeirantes.


Clássicos como Al Di La, Che Sara, Dio Come Ti Amo, Strani Amori, Cose della Vita, Nel Blu Dipinto Di Blu (Volare) entre outras composições foram in

terpretadas por cantores da cidade. No palco Jean e Juli, Ivana Lampe, Delcio Pereira, Reinaldo Voltolini, Jeime Vieira, Leandro Panneitz e Willian Pscheidt, acompanhados por uma banda de apoio com excelentes músicos: Abel Hack (bateria), Erick Rengel (violão), Silvio da Cruz (contrabaixo), Jackson Montenegro Neto (guitarra), Gerson Zellner (teclados), Luis Carlos Grossl (trompete), Nivaldo Nivas (saxofone) e Ricardo de Espindula (trombone).








O show foi uma realização da empresa J. Montenegro Eventos que teve projeto cultural aprovado no início do ano e tem apoio do SIMDEC (Sistema Municipal de Desenvolvimento pela Cultura de São Bento do Sul).

O repertório foi escolhido através de uma pesquisa musical e também por indicação dos artistas. Novos arranjos foram elaborados respeitando o estilo de cada convidado. Reinaldo Voltolini, por exemplo, interpretou uma de suas composições, "Per So In Te" classificada entre as doze melhores do festival nacional da canção italiana de Blumenau em 2006 e "La Mia Storia Tra Le Dita". Jeime vieira intepretou "Strani Amore" e "Cose Dela Vita". Leandro Panneitz, numa versão jazz, tocou "Volare". A cantora Ivana Lampe cantou "Dio Come Ti Amo e Io Che Amo Solo Te". Jean e Juli cantaram a música "Brucia La Terra" do filme "O Poderoso Chefão" e "Al Di La", Delcio Pereira cantou Che Sara e "Con Te Partiró", numa versão pop. O público foi recepcionado pelo coral do Circollo Italiano di São Bento que interpretou canções tradicionais italianas. Ao final do show o coral subiu ao palco e, junto com os demais artistas, encerraram cantando "Merica, Merica".


*Fotos de Eduardo Mendes e Douglas Robertt/Chroma Fotografia.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Show Viva Itália


Os ensaios para o show "Viva Itália" estão rolando a todo vapor. Uma vez por semana nos reunimos no estúdio para passar o repertório. Nem sempre conseguimos reunir todo mundo, pois sempre alguém tem compromisso.

Mas os ensaios estão sendo ótimos! Todos empenhados. Além de meus amigos, são excelentes músicos e o legal é que não tem nenhum "estrela", todos aceitam e dão sugestões. Isso que é bacana... Neste show, consegui reunir o Abel Hack (bateria), Silvio da Cruz (contrabaixo), Erick Rengel (violão), Gerson Zellner (teclados), Ricardo de Espindula (trombone), Nivaldo Niva (sax) e Luis Carlos Grossl (trompete).

Felizmente consegui convencer o Jackson a tocar guitarra no show. Ele disse que andava meio enferrujado, mas que nada... tá dando conta do recado. A cada ensaio quero arrumar um novo solo para ele, rs. Para quem achava que era lenda ver o Jackson tocar novamente, então não percam! Dia 06 de outubro, no Bandeirantes show "Viva Itália". Ingressos limitados à R$ 10,00 na Center Som no calçadão e no Cantinho do Café no shopping.

Estarão se apresentando nesse show: Jean e Juli, Reinaldo Voltolini, Delcio Pereira, Jeime Vieira, Ivana Lampe, Willian Pscheidt e Leandro Panneitz.

Espero vcs lá!

terça-feira, 14 de junho de 2011

Itajaí


Chegamos em Itajaí na manhã de sexta e recebemos que a apresentação deste dia seria no mercado público, um lugar aberto, com muitas mesas e a galera vai para bater papo, comer e beber. Seria o oposto de Blumenau. Imaginei que seria um lugar barulhento. E foi isso mesmo. Poucas pessoas estavam lá para curtir a música. Mas isso é bom, estes desafios são bacanas de enfrentar.

Após chegar no hotel e deixar as malas, fui dar um passeio a pé pelo centro. Acabei encontrando uma praça com uma igreja antiga. Não sei porque, mas adoro tirar fotos de igrejas, principalmente estas menores. Era a igreja do Santíssimo Sacramento e de Nossa Senhora da Conceição, padroeira de Itajaí. Foi concluída em 1823.

Fui caminhando pela avenida lateral ao porto, por onde os navios entram. Lembrei-me dos tempos de criança quando íamos a praia e meus pais passavam por alí para vermos os navios e em alguns deles - menores - a gente podia entrar e visitar. Fiquei ali parado por um tempo observando aqueles guindastes enormes carregando aquele número sem fim de containers.

Após o almoço (já era quase 15h) fui a pé até o mercado para ver como seria a noite. A nossa passagem de som ficou marcada para às 18h, mas quando cheguei lá o técnico do SESC, Marcelo, avisou que nesse horário haveria um happy hour com uma galera de fora, depois uma apresentação poética multimídia. Liguei para a Ana e o Chico e combinamos que só iria rolar o som depois das 21hs. Seria algo meio que na fogueira: chegar, plugar e tocar.

Itajaí é uma cidade muito musical e a Ana tem muitos amigos por lá que compareceram. O show rolou bem legal, mas não era o local ideal para a apresentação do duo.

Estava muito frio e como o mercado não tinha cobertura, fiquei ao relento até tarde. Estava congelando e assim que acabou, recolhi os microfones e vazei para o hotel para me esquentar.

Acho que deveria ser umas 7h da manhã e no apartamento de cima, alguém começou a caminhar pelo quarto como se estivesse fazendo uma caminhada. Lembrei de um médico em SBS, quando eu trabalhava na rádio, ele fazia suas caminhadas pela garagem do prédio. Era muito engraçado. Mas voltado ao hotel, logo o camarada saiu e provavelmente a faxineira entrou para arrumar o quarto e não teve jeito, não consegui dormir mais.

Combinamos de almoçar no mercado após o check out. Peixe grelhado, feijão, arroz, pirão e um grupo tocando choro. Existem músicas que se encaixam em determinados ambientes vocês não acham? Cheguei a esta conclusão. É difícil explicar, mas naquele local a música parecia estar "conversando" com as pessoas, era uma mix perfeita. Percussão, flauta, violão de 7, e um músico tocando trombone. Ah ele tocava também sax alto e soprano. Fiquei sabendo que ainda toca trompete!!! A Ana deu uma canja cantando Maracangalha e Upa Neguindo. Realmente é "Pé de Crioula".

*Pé de Crioula é o nome do mais recente CD da Ana, somente com sambas.

sábado, 11 de junho de 2011

Blumenau


Almoçamos em Blumenau no complexo do SESC e eu estava com uma cara de cansado e tentei dormir um pouco à tarde, mas não consegui. Tomei um banho bem quente, uma conferida na mochila para ver se estava tudo dentro e lá fomos nós para o Teatro Carlos Gomes. A apresentação foi em um auditório menor, mas o palco era grande e bonito, tinha a iluminação do próprio teatro que optamos por usar. O Chico Saraiva tem um problema sério com acústicas de salas boas. Ele prefere o som acústico, que lógico fica super bonito. O problema é que a Ana não consegue cantar uma hora sem som e isso todo cantor sabe, principalmente quando se tem uma apresentação por dia. Se for para cantar sem sonorização a voz acaba. Esse é um dilema que tenho enfrentado em todos os locais que chegamos. A Ana curte e entende de som e quer isso evidente e bem feito. O Chico adora tocar sem equipamento de som e isso causou um mal estar geral. Ficou evidente nessa passagem de som a maneira que cada um estava querendo fazer. Só que isso acabou prejudicando o meu trabalho porque eu tenho que agradar os dois e fico no meio desse fogo cruzado. Se aumento o som o

Chico diz que estamos estragando o som da sala. Se deixo baixo para aproveitar a acústica da sala a Ana não se sente confortável. Chegamos num meio-termo para o show poder rolar, mas ficou nítido durante a apresentação que o clima entre os dois não estava bem e como eu já estou acompanhando por um bom tempo isso também me afetou. Foi um show que eu não curti e nem eles. Fico amarrado em não poder fazer uma mixagem artística.

Voltando para o hotel, chegamos em uma pizzaria e ali o clima esquentou. Os dois tiveram um papo reto sobre o que estava acontecendo e tudo foi discutido. O papo foi longo e eu ali do lado, as vezes calado, as vezes dando minha opinião. Mas saboreando as pizzas, afinal, era um assunto que eles precisavam resolver para que o show continuasse sendo bacana.

Por fim tudo acabou sendo resolvido ali mesmo e eles chegaram a conclusão que deveriam mesmo é curtir a oportunidade, como a Ana mesmo definiu: "Quantas e quantas pessoas gostariam de estar no nosso lugar viajando, tocando e cantando? Então vamos curtir!!".

Voltamos para o hotel e na manhã seguinte rumo à Itajaí.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Brusque


Saímos de Rio do Sul com muita chuva pela manhã. Nosso destino: Brusque. O Chico Saraiva e eu ficamos no hotel e a Ana foi de carona com o nosso motorista até Itajaí, de lá iria até Meia-Praia na casa dos pais para buscar a filha Clara. O meu quarto ainda não estava pronto e aguardei uns quinze minutos até liberarem. O rapaz que me ajudou com a bagagem disse ao entrar no elevador: "É o quarto mais "bão" que temos!", rs. O hotel fica ao lado do shopping e fiquei sabendo que os hospedes não pagavam ingresso no cinema! A noite saí para comer algo e depois fui assistir a sessão das 21:15: "X-men". Sentou ao meu lado um rapaz que falava sozinho, pensava alto e além disso entrou com dois pacotes de salgadinho. Quase mudei de poltrona, mas logo ele ficou quieto.

No outro dia saí para dar uma volta pela cidade. Todo mundo fala que Brusque é a cidade das roupas baratas, mas em todas as lojas que passei, não foi isso que percebi. Mas acho que existe um bairro onde ficam inúmeras lojas com roupas mais em conta. Andando pela rua passei por uma loja de instrumentos e cds e o engraçado é que havia várias tvs passando um show do AC/DC e no som das caixas rolava Raça Negra. Vai entender.

Subi as escadarias da igreja matriz da cidade, Igreja de São Luiz Gonzaga. Inaugurada em 1962, levou oito anos para ser erguida. É uma igreja bem grande mas no inverno deve ser bastante fria porque é toda de concreto. A nave central tem 13 metros de largura e 26,4m de altura. Na noite anterior ouvi os sinos da igreja tocaram e que som maravilhoso. Fui conferir de perto. São quatro grandes sinos, mas cada um de um tamanho diferente e acionados por um motor. A sonoridade é incrível!

A apresentação de Brusque foi transferida para Nova Trento poucos quilômetros dali. Segundo a técnica de cultura a idéia é levar eventos para essas localidades menores, assim como aconteceu com São Bento algum tempo atrás. Foi a primeira apresentação musical do SESC em Nova Trento. Foi na Casa di Noni, um espaço construído com o apoio do governo do estado onde são realizados alguns eventos, na maioria de grupos de terceira idade.

O pessoal que compareceu ao evento curtiu pra caramba e os aplausos foram sinceros. A gente que trabalha com arte, percebe isso.

Voltando de Nova Trento ao chegar em Brusque acabamos entrando dentro de uma carreata da torcida do Vasco. Muita algazarra e pior, aquele monte de carro e torcedores ocuparam a avenida em frente ao hotel e festejaram a madrugada toda com som alto, fogos e cantoria. Quem consegue dormir desse jeito? Acordei podre no dia seguinte.


Rio do Sul

Em Rio do Sul chegamos por volta das 21h, fizemos um lanche no centro da cidade. Um "big" lanche que quase não dei conta de comer. Um X salada aberto no prato e coberto com batata frita. Mas sério: era gigante! No hotel, fui direto para a cama para ver se esquentava. Liguei a TV e o sono veio rápido. Tinha programado no meu celular um lembrete para pagar uma conta na segunda-feira. Acontece que no primeiro segundo após a meia-noite ele emitiu um sinal sonoro avisando. Resultado: não consegui dormir mais. Era 3 da manhã quando olhei no relógio e eu ainda estava me virando na cama. Pela manhã acordei, fui tomar banho e não tinha água quente, então fui tomar café e depois fiquei no quarto escrevendo um release para mandar para os jornais falando da turnê. Fui almoçar sozinho porque sabia que a Ana e o Chico já tinham saído bem cedo para entrevista em uma rádio e uma tv local.

Voltei para o hotel e fiquei assistindo até próximo das 4 da tarde quando fui tomar banho. Também não tinha água quente. Tive que tomar banho frio em pleno inverno. E ainda mais, a água aqui parece que já vem com sabão. Preciso perguntar isso para a Nina e saber o que é.

O show de segunda foi no teatro do colégio Dom Bosco. Fui a pé, cerca de 15 minutos do hotel. Chegando lá o som já estava montado, mas não pude ligar nada porque as professoras do colégio estavam ensaiando com as crianças algumas danças. Aproveitei para estudar e programar alguns parâmetros da mesa digital.

Estava muito frio dentro daquele auditório enorme. O palco era gigante e tudo lá dentro parecia gelado.

O show começou pontualmente às 19:30 com um bom público, a maioria jovens. O único problema era a garotada comendo salgadinhos e aquele barulho dos pacotes de chips não foi legal. Durante a apresentação, a Ana faz uma apresentação solo tocando violão. Segundo ela, foi difícil executar porque tanto as mãos quanto o violão estavam gelados.

Na volta paramos para jantar em uma cantina chamada La Fiorentina. Uma delícia de comida onde eles mesmo preparam as massas. Comi um pão delicioso que acompanhava um penne... Quando for a Brusque recomendo passar nesse local.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Vidal Ramos

Saímos de Florianópolis no domingo porque a apresentação em Vidal Ramos era mais cedo, às 17h. Vidal Ramos é uma cidade pequena que foi colonizada por alemães e italianos e antes da sua emancipação, fazia parte do município de Brusque. Uma cidade com aproximadamente 6.300 habitantes. Possui casas pequenas em estilo enxaimel e muitas belezas naturais.

Pelo caminho novamente lindas paisagens do nosso estado. Passamos por Santo Amaro, Águas Mornas, Rancho Queimado, Alfredo Wagner e Rio Bonito. Chegamos perto das 13h e fomos direto ao local do evento. Na chegada a Ana já se encantou com a quantidade de pés carregados de laranja e bergamota e já foi arrumando uma sacolinha para, na primeira oportunidade, apanhar direto do pé.

O local do evento foi um anfiteatro construído em 2009 e doado para a cidade pela Votorantim Cimentos. O local tem 350 m² e capacidade para receber até 200 pessoas. A Votorantim Cimentos é uma das dez maiores empresas de cimento, concreto e agregados do mundo. No Brasil, possui mais de 40 unidades de produção, além de 70 centros de distribuição e 90 centrais de concreto. Em Vidal Ramos a empresa iniciou uma unidade em 2008 e tem capacidade para produzir 1,3 milhão de toneladas de cimento por ano.

Tão logo descemos do veículo a Ana avistou um vizinho do teatro e já foi perguntando se podia pegar umas frutas e lascou essa: "O senhor por acaso não tem aí uma galinha assada, um arroz?" E o tiozinho, com aquele sotaque de italiano respondeu: "Chegaram tarde. Aqui a gente almoça às 11:30. Tivessem avisado a gente tinha guardado". Incrível a receptividade desse povo mais simples.

Após o almoço eu fui fazer as minhas coisas, checar o equipamento, posicionar os microfones e monitores e a Ana e o Chico foram passear a pé pela cidade. O nosso motorista, o Robson, foi correr. Diz ele que já perdeu 11 quilos só cuidando da alimentação e correndo quando pode. Robson é de floripa mas já morou em Londres e Portugal e também já viajou por vários países. Voltou ao Brasil e está trabalhando como motorista de uma empresa que faz transporte em carros menores. Na hora da passagem de som a Ana Paula chegou com aquela cara de sono e perguntei se ela tinha dormido na van. "Que nada! Dormi na grama em frente ao teatro. Com esse sol me deu uma preguiça...", respondeu.

Estava muito frio dentro do teatro e segundo o produtor local, a previsão não era de muita gente, pois havia uma festa tradicional na cidade e todo mundo ia para lá. Mas mesmo assim, o público prestigiou. Após o show seguimos para "Bruxque", jantar e dormir para fugir do frio.


terça-feira, 7 de junho de 2011

Floripa!


Começamos mais uma etapa da turnê Raízes da Terra de Onde Venho com os artistas Ana Paula da Silva e Chico Saraiva. Iniciamos nossa viagem em Joinville saindo da casa da Ana e fomos para Florianópolis. Chegamos na sexta-feira dia 3 e fomos direto para o teatro do SESC na Prainha. Utilizei o som da casa mesmo. Fiz a montagem do palco e passamos o som. Como a maioria dos teatros pequenos, as cabines são fechadas com vidro e a gente só consegue abrir um pouco essa janela, o que dificulta a mixagem pois a referência dentro dessa cabine é bem diferente do que fora. Procuro ouvir o som fora da cabine e depois comparar com o que eu ouço dentro para ter noção de como soará. Durante a passagem de som o Chico Saraiva estava tentando convencer a Ana para fazer a apresentação acústica, já que o teatro era pequeno. Chico não gosta de tocar com volumes altos, prefere aproveitar a acústica do local. Já a Ana Paula prefere mais pressão e isso gerou um pequeno impasse entre os dois, que foi resolvido depois de uma longa conversa. Sugeri então usarmos um microfone no violão do Chico para explorar mais os detalhes e dinâmica dele e deixá-lo mais confortável. Também combinamos de trabalhar com o volume do P.A. bem menor. Só que ai entra outro lance. Os músicos precisam trabalhar com a monitoração em volumes bem mais baixos também para que o som que vem do palco não interfira ou não esteja mais alto que a frente. Foi difícil para a Ana se acostumar com isso. Mas o show rolou numa boa com o auditório quase lotado.

Saímos dali e fui para o hotel, estava cansado e com dor de cabeça. O hotel foi o SESC Cacupé no norte da ilha. Tomei um banho e cama. No outro dia, acordei cedo e após o café sai para visitar a minha tia que mora na Costeira. Como o hotel fica de frente pro mar (é só cruzar a rua e você está na praia) o vento sul estava gelaaaado. Tive que voltar para por mais um casaco. Fui até o centro e depois até a casa da tia, que está muito doente. Ela é a única irmã viva do meu pai e é muito querida por todos. Fiquei muito triste e chorei ao ver o estado dela. Infelizmente, a vida é assim. Almocei por lá e meu primo me trouxe ao hotel. Resolvi dar uma caminhada. Apesar do vento, o sol manteve a temperatura agradável. Tênis, camiseta, calção e é claro, um fone de ouvido com música. Como eu não gosto de caminhar, mas sabendo que durante esses 15 dias eu comeria além da conta e para manter a forma, me esforcei para sair. Vou confessar uma coisa: caminhar com uma vista maravilhosa da ilha, passando ao lado do mar e aquele ar puro, o tempo passa voando.

A noite voltamos para o teatro do SESC, já estava tudo pronto e não precisei chegar tão cedo. Foi só um check sound para ver se tudo estava funcionando e mais uma vez o show foi bacana. A pedido da Ana, usei um pouco mais de volume na frente e foi tudo certo!

Domingo saímos cedo de Cacupé rumo a Vidal Ramos.

Inté

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Raízes da Terra de Onde Venho

Com esse tema os artistas Ana Paula da Silva e Chico Saraiva circulam por Santa Catarina com o show baseado em composições de Saraiva, e apresentam canções de Ana, todas do folclore brasileiro e obras imortais do nosso cancioneiro, tais como "Assentamento" (Chico Buarque/Guimarães Rosa), "Sussusarana" (Heckel Tavares/Luiz Peixoto) e Desenredo (Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro).

Raízes da Terra de Onde Venho faz parte do Circuito SESC de música e nesta segunda etapa (a primeira foi realizada em abril) a dupla se apresenta em dez cidade do Norte e Vale do Itajaí. A última apresentação desta etapa será em São Bento do Sul, no centro social da igreja matriz, com início às 20h. No cenografia, fotos e vídeos de artesanato e de festas populares do Brasil.

Não é só a terra natal que une Chico Saraiva e Ana Paula da Silva. Além de Santa Catarina, a afinidade musical e o interesse pela música brasileira de raiz contribuiu para o encontro. Começou com a canção "Anágua de Iaraiêmanjá", de Chico Makely Ka, que Ana Paula gravou no disco "Aos de Casa", premiado pelo projeto Pixinguinha.

Em junho de 2010, a dupla fez uma pequena turnê em Santa Catarina (Florianópolis, Joinville e Jaraguá do Sul) e na Argentina (Buenos Aires, Mar del Plata e La Plata). A sintonia natural entre Chico e Ana é perceptível em todas as apresentações e o público sente isso por onde os dois passam.

Ana Paula da Silva atua há 14 anos no cenário musical e lançou recentemente seu quinto CD, "Pé de Crioula". Viveu dois anos na Europa, para onde sempre retorna realizando turnês musicais com participações especiais. Em 2009, lançou o disco "Aos de Casa", pelo Projeto Pixinguinha e "Por causa do samba", com Alegre Corrêa. Ana também gravou "Contos em Cantos", um Livro-CD, e "Canto Negro", seu primeiro disco. Ana já trabalhou com grandes nomes da música, como Robertinho Silva, Alegre Corrêa, Joe Zawinul, e dividiu concertos com Leny Andrade e Elza Soares.

Chico Saraiva é compositor e violonista. Vencedor do 6º Prêmio Visa - edição compositores (2003), lançou os seguintes discos: o instrumental "Água" (MCD - 1999), "Trégua" (Biscoito Fino - 2003), apontado como "obra prima" pela revista francesa "les Inrockuptibles", "Saraivada" (Biscoito Fino - 2008) e "Sobre Palavras" (premiado pelo Projeto Pixinguinha/Funarte (Borandá - 2009). No fim de 2009, Chico Saraiva estreou na Europa um novo duo de violões: o "Duo Saraiva-Murray". Chico integra, há mais de 10 anos, "A Barca", grupo de pesquisa e movimentação da música das culturas tradicionais brasileiras, e vem apresentando seu trabalho ao lado de compositores como Guinga e Francis Hime em alguns dos mais prestigiados teatros do Brasil.

Com a dupla, eu estou viajando fazendo a mixagem do som. Dia 15 de junho fechamos a turnê em São Bento do Sul. Será às 20h no centro social da igreja matriz. Espero todos lá e por favor, ajudem a divulgar!

Inté

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Semeador 8



















Todos os anos um grupo de músicos e poetas se reúnem para participar do show poético/musical Semeador. Na sua oitava edição, o Semeador será realizado no dia 8 de junho às 20h no Bandeirantes em São Bento do Sul. Este ano, as mulheres serão homenageadas no evento que conta com diversos artistas, entre eles: Ana Carolina Lourenço Azedo, Ana Helena de Sousa Schindler, Aparecido Vasconcelos, Camerata Vocal da Escola de Música Donaldo Ritzmann, Donald Malschitzky, Ivana Lampe, Jean & Juli, Leandro Panneitz & Eliane Persuhn, Luciana Pilz Berkenbrok, Luiza Beatriz de Sousa Schindler, Márcio Brosowsky, Maria Conceição Lourenço Azedo, Mauro Adada, Pança, Pedro Mota, Rafael Sluminsky, Reinaldo & Rangel, Reinaldo Voltolini, Rosemari do Prado Urbanski, Vitor Buchmann e Vocal A 4.

O evento nasceu em 2004 numa iniciativa de Donald Malschitzky com o apoio dos músicos Reinaldo Voltolini e Ivana Lampe. Sempre com lotação esgotada, o Semeador tem levado ao público lindas canções e poesias. Todos os artistas doam seus cachês, e a arrecadação sempre é doada à uma entidade. No primeiro ano, o Grupo Escoteiro Desbravador recebeu toda a renda da venda dos ingressos.

Todos os anos é escolhido um tema para o Semeador. Este ano será "Mulher", todas as músicas e poesias serão dedicadas às mulheres e como cenário haverá apresentação de fotos da artista Lair Bernardoni.

Este ano os ingressos já estão a venda ao preço de R$ 10,00 antecipados na Banca Gibi, Mister Du Sorvetes no Shopping Zipperer, Cacau Show e na Fundação Cultural. Na hora os ingressos custarão R$ 15,00.

Nesta oitava edição, toda a renda do evento será destinada ao Clube Soroptimista São Bento do Sul. Soroptimist é uma organização voluntária internacional para mulheres que trabalham para promover as vidas de mulheres e meninas nas comunidades locais e ao redor do mundo. O Clube Soroptimista São Bento do Sul foi fundado em outubro de 2009 e trabalha para melhorar a qualidade de vida de mulheres e meninas da nossa comunidade. A renda obtida com a venda de ingressos do Semeador 8 será utilizada para a realização de exames de densitometria óssea e de ultrassonografias ginecológicas em mulheres e meninas carentes de São Bento do Sul.

Nas fotos Reinaldo Voltolini e Ivana Lampe que participam desde a primeira edição.

*Crédito das fotos: Chroma Fotografia

domingo, 15 de maio de 2011

Acústico 89 2011


A rádio 89 FM de São Bento do Sul apresenta todos os anos na semana de seu aniversário o programa Acústico 89. Durante uma semana, artistas da cidade e região se apresentam ao vivo no estúdio da emissora. É uma oportunidade para artistas mostrarem seu trabalho. Novamente fui contratado para realizar a mixagem dos músicos nesse programa. Nem todo mundo sabe ainda que eu não trabalho mais na emissora desde 2010. Mas sempre sou chamado para dar um suporte. Durante mais de dez anos apresentei e produzi esse programa e mesmo fora da emissora tenho uma grande identidade com o Acústico 89. Este ano se apresentaram Léo Lima (segunda), Lizards X4 (terça), Jean Gadotti (quarta), As Amélias (quinta) e fechando a semana Mauro Adada.










O programa funciona assim: artistas são convidados para tocar suas músicas (próprias ou não) durante uma hora das 12:00 às 13:00hs. Durante o programa, que é dividido em três partes, o artista ou os artistas contam um pouco de sua história, suas músicas, suas influências, enfim, um papo bem descontraído entre uma música e outra.

Eu utilizo uma mesa digital 01V da própria emissora para mixar o som dos músicos. Microfones, cabos e fones levo o meu material. O estúdio da rádio é pequeno, mas até hoje sempre conseguimos colocar todos lá dentro, além de mim e da locutora. Não me pergunte como, mas sempre coube. Peço para os músicos chegarem sempre com uma hora de antecedência para poder decidir a disposição dentro do estúdio, microfonar e fazer um check sound. Essa semana por exemplo, a banda Lizard X4 entrou no estúdio com quatro integrantes, sendo três violões e um contra-baixo! Quando é apenas cantor e um violão, por exemplo, é bem mais fácil e confortável para todos dentro do aquário.

Por esse programa já passaram dezenas de artistas. Muitos deles sairam do anonimato e hoje estão fazendo sucesso com seu trabalho. Outros participaram uma unica vez e seguiram outros caminhos. É um trabalho muito interessante e prazeroso e o programa tem uma audiência incrível, hoje ainda mais pois com a transmissão via internet as pessoas ouvem o programa em qualquer parte do planeta.

Em 2008, com o apoio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de São Bento do Sul, a rádio 89 FM lançou o CD Acústico 89, com participação de alguns cantores que fizeram parte da história desse programa. Existe um blog contando toda a história deste CD: www.acustico89.blogspot.com

Inté!

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Mês de maio, mês do flash-back?



Este mês de maio várias festas de flah-back estão rolando pela cidade e região. Acho que os promotores combinaram em realizar todas no mês das noivas. Sábado toquei a 4a noite do Flash-back no Bandeirantes em São Bento do Sul. Teve show com a banda Os Chefes que toca hits do rock n'roll dos anos 60 e 70 (Rolling Stones, Creedance, Kiss, AC/DC, Beatles, etc). Eu abri a noite tocando músicas que eu gosto e que fizeram sucesso nos anos 70 e 80. É sempre bom poder tocar uma festa assim, onde o repertório fica por minha livre escolha. Toquei até 1:00 da manhã quando a banda entrou. Eles tocaram até às 3:00 e eu segui discotecando até às 5:00. Aproximadamente mil pessoas estiveram lá se divertindo. Próximo sábado dia 07 tem a Saturday Night Fever, comemorando 10 anos. Desta vez será no Shopping Zipperer, com muitas atrações temáticas e quem for fantasiado ganha um cuba na Kombi. Como assim "cuba na Kombi"? Os organizadores colocarão um veículo, uma Kombi que servirá de bar para distribuir um cuba paara aqueles com perucas black-power, polainas, plumas e paetês e calça boca de sino. A festa ainda terá o novo show da banda Big Apple banda que toca os clássicos da Disco Music. O diferencial desta festa é que será dentro do shopping da cidade.

Dia 14 tem outra festa anos 60 também no Shopping Zipperer: The Beetles Argentina (não escrevi errado é assim mesmo, coisa de argentino hehe). Foi eleita o melhor cover dos Beatles do mundo, a banda revive o som dos britânicos em uma super festa com roupas idênticas e instrumentos da época. Segundo os promotores um show com três horas de duração e muita troca de figurino.

E fechando o mês tem a Night of The Hits na vizinha cidade de Rio Neghinho na Sociedade Musical. Uma promoção do Rotary Cimo. Já perdi as contas de quantas vezes toquei essa festa. Acho que uns sete anos seguidos. Este ano, pela primeira vez, os organizadores contrataram uma banda para show ao vivo: Nega Fulô, banda de Curitiba. É uma super banda com figurino da época e repertório baseado na disco music dos anos 70. Essa banda abriu o show do Kool and The Gang recentemente na capital paranaense.

A Night of The Hits tem um público fiel, a maioria casais e todos bem animados. Nesta festa toco anos 60, 70, 80 e pouca coisa dos 90. Com decoração bem anos 70, os organizadores sempre capricham nos detalhes e para dar um "up" na galera, lá pelas tantas é servido um super café com doces e salgados.

Durante muitos anos da minha vida toquei em danceterias, mas parei. Toco raramente, uma vez por ano e somente festa de flash back. Me divirto com isso e é uma grande satisfação ver a pista fervendo e animada com músicas que o pessoal conhece e sabe ao menos assoviar o refrão.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Laguna


Deixamos o hotel em Tubarão pela manhã e seguimos rumo a Laguna, uma das cinco cidades mais antigas do país e a segunda mais antiga de SC. Chegamos antes do meio-dia no hotel e fomos almoçar. O Chico saiu com a família dele que veio de Floripa e nós três fomos num restaurante próximo ao local da apresentação: Casa do Patrimônio Iphan.

Foi um almoço com peixe e camarão, uma delícia! Após o almoço passei pelo local da apresentação, um casarão antigo tombado pelo Iphan e que é utilizado para inúmeros eventos culturais. Aproveitei e fiz algumas mudanças rápidas no posicionamento das caixas e microfones e voltei para o hotel para um cochilo. Combinamos também que após a apresentação seguiríamos direto para casa. No meu caso, iria até Joinville e pegaria o carro e subiria a serra.

A última apresentação desta primeira etapa do show Raízes da Terra de Onde Venho, ocorreu super bem, apenas o Chico ficou tímido no palco, talvez pela presença da família mas mesmo assim o público que lotou a casa adorou. O Chico seguiu com os pais para Floripa onde pegaria o primeiro voo para SP na manhã seguinte. Nos despedimos ali e Ana, eu e o motorista Rogério seguimos para o norte. A Ana Paula ficou em Meia-Praia na casa dos pais, porque sua filha estava lá. Voltaria no outro dia para Joinville. Saímos meia-noite de Meia-praia e aproveitei para tirar um cochilo, pois teria um trecho ainda para percorrer de carro até São Bento.

Em Joinville me despedi do Rogério, ele que nos transportou cuidadosamente por todas essas cidades. Dei a ele um presente que comprei em Laguna. "Seu estepô! Não precisava." Agradeceu e também partiu rumo a Floripa. O trecho dele seria mais longo que o meu.

Não lembro que horas cheguei em SBS, mas vim bem. Vim ouvindo em alto e bom som o CD "The Seeds of Love" do Tears for Fears. Desta vez não cochilei ao volante.

E foi isso a nossa primeira etapa desta turnê. Em junho seguiremos pelo norte de SC. Florianópolis, Blumenau, Joinville, Jaraguá do Sul, São Francisco, Rio do Sul, São Bento do Sul.

Here we go!



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segunda-feira, 18 de abril de 2011

Tubarão

Sábado nossa apresentação foi na cidade de Tubarão em SC. O nome da cidade deve-se ao rio Tubarão, que em tupi-guarani era chamado de Tubá-Nharô, "pai feroz". Em 1974 a cidade foi arrasada por uma enorme enchente, muita gente morreu e muitas casas foram levadas pela força da água. Ficou isolada e sem comunicação. Mas o povo sempre se supera e estão aí. A vida continua!

Após o check in, a Ana e eu estávamos esperando o Chico e o nosso motorista no saguão do hotel e presenciamos um italiano que estava hospedado reclamando de tudo e todos. Reclamava que o comércio estava fechado e não tinha nada para fazer na cidade. Eu nem tinha visto a figura, pois eu estava de costas. Perguntei para a Ana se o nariz dele era grande. Ela disse que sim e eu tive a certeza que era italiano hehe.

Saímos para almoçar, mas eu estava sem fome. O café da manhã nos hotéis eram muito bons e quase sempre eu experimentava um pouquinho de tudo.

De volta ao hotel fui tirar um cochilo e fomos para o local do evento. A apresentação de sábado foi no salão nobre da UNISUL.

O som já estava montado e só fiz algumas alterações na posição dos monitores e microfones. A passagem foi tranquila e tivemos uma boa folga antes da apresentação.

A Ana Paula comentou pouco antes do show: Hoje vai ser massa! E o Chico disse: Não fala isso que não dá certo. Em SP é assim, você comenta que o trânsito tá bom e de repente tudo fica lento.

E não deu outra... o sábio Chico tinha razão. Durante toda a turnê usei uma mesa digital, mas desde o princípio ela apresentou problemas. Os faders de repente se moviam sozinhos e alteravam o nível do som dos monitores. Pedimos para a empresa que prestou o serviço de sonorização para resolver isso, mas infelizmente isso não aconteceu e não deu outra: Na primeira música, o som dos monitores aumentou sozinho e eu não tive mais controle. A Ana parou a música e se desculpou com a platéia e soltou o verbo: "Gente, nós estamos com um problema com esta mesa desde o início da turnê. A culpa é da empresa que não atendeu a nossa solicitação. Vamos começar de novo." O público aplaudiu e seguimos. Eu torcendo para isso não acontecer novamente.

Conseguimos chegar até o final do show sem problemas. Foi um dos melhores públicos que tivemos durante a viagem. aplaudiram muito, pediram bis e após depois ficaram lá conversando e no final, uma dez pessoas acabaram indo jantar com a gente. Gostaram tanto da apresentação que confirmaram presença no show de domingo em Laguna.

sábado, 16 de abril de 2011

Rumo à Criciúma





Após um dia de descanso em Lages partimos rumo às três últimas apresentações de Ana Paula da Silva e Chico Saraiva - Raízes da Terra de Onde Venho. Críciuma, no sul do estado, é o nosso destino. Durante a viagem saindo de Lages avistei lindas paisagens, dignas de cenário de filme. Montanhas, vales, muito verde misturado ao marrom do outono, cascatas, casas, céu azul e tudo mais. Em um destes pontos está a Coxilha Rica onde os antigos tropeiros se estabeleceram no século XIX, formando grandes fazendas as quais delimitaram e dividiram com muros de pedra bruta, construídas pelos escravos negros. Coloquei meu fone de ouvido e muitos podem achar que a melhor trilha seria MPB, mas ali resolvi ouvir um disco do Queen, Made In Heaven. Éum disco muito bom que eu recomendo.

Estava curioso para conhecer a Serra do Rio do Rastro, até então só tinha visto em fotos. Paramos no mirante no topo da serra e tivemos muita sorte pois não havia nevoeiro e conseguimos apreciar essa maravilha. Realmente é algo surpreendente e fascinante. Dezenas de quatis aparecem para comer alguma fruta. Se você deixar eles comem na sua mão. Infelizmente muita gente não tem respeito com a natureza: Inúmeros sacos de salgadinhos jogados na vegetação. É uma pena. A estrada da Serra do Rio do Rastro, foi construída para a ligação da serra com o litoral catarinense. São 12 km de curvas. Tirei várias fotos do local para registrar essas imagens únicas e seguimos viagem. Ao lado desse mirante pude avistar uma usina eólica que funciona nessa região. Na descida a imagem dos paredões também era hipnotizante. Almoçamos num restaurante à beira da estrada em Lauro Muller seguimos até Criciúma. Como já passava das 14:30 eu fiquei na unidade do SESC e o pessoal seguiu para o hotel.

Acompanhei a montagem e fiz uns ajustes de som e esperei a Ana e o Chico para a passagem de som, que teria que ser mais cedo por causa de uma entrevista na rádio às 18:30.

O show rolou bem e o som também. Saímos do auditório e fomos achar algo para comer. A Ana com fome fica agitada e nervosa. Até parece alguém que conheço, hehe.

Encontramos uma pizzaria aberta aquela hora, pois segundo o nosso motorista, é raro encontrar um restaurante aberto até tarde em Cricíuma. Segundo ele, é a "Terra do X Salada", em toda esquina tem um carrinho de lanche.

Foi só comer um pouco que a Ana já se transformou. Ela é uma tiradora de sarro que não perde uma chance para imitar alguém ou contar uma piada. Rimos muito, principalmente quando ela disse que perguntas objetivas e respostas rápidas não podem ser feitas ao Chico, rs.

Fomos para o hotel pois eu estava louco por um banho. Tentei assistir um pouco mas os "lemingues" apareceram e o sono dominou.

Mais dois dias e estarei de volta em casa.

Inté!

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Lages


Depois de um café da manhã digno de rei, saímos de Joaçaba pela manhã ainda. Vim conversando com o nosso motorista Rogério e curtindo a paisagem. Rogério contou várias histórias do tempo que foi motorista do exército em Florianópolis. Contou sua passagem pelo exército desde o momento em que rasparam sua cabeça ao entrar até ser promovido a motorista de general. Viajava levando o alto escalão e tudo mais. Como ele presenciou muita coisa me confidenciou que houve até um movimento entre os militares para tomar novamente o poder no Brasil. A coisa quase estourou...

Chegamos em Lages na pousada rural do SESC. Um paraíso! São 20 cabanas de frente para um lago, rodeadas de árvores, grama bem cuidada, bancos para curtir a paisagem, ver os patos na lagoa, os pássaros cantando por todos os lados, campo de futebol suiço, volei de areia, golfe, e uma grande sala com lareira junto ao restaurante.

O café da manhã e o almoço também são especiais. É impossível fazer uma dieta aqui.

Após o almoço na terça, a Ana e o Chico foram em três rádios para dar entrevistas e eu fiquei na unidade do SESC em Lages. Tive que esperar um pouco, pois havia uma sessão de cinema para o pessoal da APAE. Um teatro pequeno, mas com toda infra-estrutura para música e teatro. Boa acústica, iluminação cênica, poltronas estofadas, ar, camarim, etc, etc. "Que inveja branca" como diria minha amiga Nani. Quem sabe São Bento um dia tenha um teatro assim, como nós sempre sonhamos não é Ivana?

O que era a nossa salvação nas viagens se tornou piada durante o show. A Ana sempre separava algumas frutas, bolo, sandubas, sucos que estavam no camarim e que nós não dávamos conta de comer, e colocava numa sacola para a viagem. Aí o Chico começou a contar essa história no show e virou parte do espetáculo. A história da sacoleira Ana. Eu já acho que ela vai abrir uma quitanda em Joinville, rs.

Por falar em comida, após a apresentação fomos comer um peixe em frente a unidade do SESC. Tava uma delícia. Só não tinha pãozinho nem farofinha. Na quarta acordei cedo e abri a porta da cabana. Essa imagem no post foi a que vi logo cedinho ao som dos pássaros. Fui tomar café e encontrei os meninos da empresa de sonorização. Acabei indo com eles verificar o local da apresentação, pois houve uma mudança de local. Iria acontecer em Otacilio Costa, mas por causa de outro evento na cidade resolveram realizar na escola de música da fundação cultural. Uma sala pequena, utilizada para aulas de balé. Encontrei um pessoal bem prestativo por lá e conseguimos transformar aquela sala num auditório.

A sala ficou pequena para a apresentação. Tinha gente em pé e o show foi super bacana. Me segurei para não chorar na música do Chico Saraiva: "Na virada da Costeira". Costeira é o bairro onde minha querida tia vive em Florianópolis. Lembrei dela e também bateu saudade de casa.

Enfim, voltamos para a pousada, e o outro dia curti a folga caminhando e observando a natureza em volta. Terminei de ler o livro Gonzaguinha e Gonzagão - Uma história brasileira. A história do velho Lua é incrível. Recomendo esse livro.

A tarde caiu aquela chuva e foi inevitável tirar aquele cochilo que fazia tempo que não rolava.

Agora vou jantar. Tá friozinho e tem café colonial no restaurante da pousada. Amanhã seguindo para Criciúma.

Inté!


Encruzilhada


Na língua tupi-guarani, Joaçaba significa "encruzilhada", a palavra indígena mais próxima de "Cruzeiro" antigo nome da cidade de Joaçaba em Santa Catarina. Foi esse o nosso destino na segunda-feira dia 11 de abril para a apresentação no teatro Alfredo Sigwalt. Um belíssimo local inaugurado em 2003 com capacidade para 459 pessoas. Um palco excelente, iluminação cênica novinha, mas adivinhem? A cabine de som fechada totalmente com vidro!!!!

Na chegada em Joaçaba deixei as coisas no hotel e fui até o teatro. Fiquei maravilhado com a beleza do lugar, mas quando vi aquele aquário, não teve jeito... teria que montar a mesa de som em outro local.

Fui conversar com a responsável pelo local, uma senhora que me mostrou todo o local e como ela era alemã, já foi dizendo na lata o que podia ou não fazer.

A tarde voltei para o teatro para orientar o pessoal da empresa de som. Usamos a iluminação do teatro pois estava tudo pronto.

O bacana desse circuito é que o pessoal do SESC é muito prestativo. Tudo que você precisar, eles dão um jeito de conseguir. O notebook que usamos para passar imagens do folclore brasileiro apresentou problemas e logo eles conseguiram outro. Infelizmente também não rolou por causa das conexões não compatíveis entre o note e o projetor. Acabamos usando um aparelho de DVD para rolar as imagens.

A Ana Paula utiliza no cenário duas velas pequenas e redondas. Antes de começar a apresentação eu vou lá para acendê-las. Estava eu realizando essa função quando a "tante" do teatro apareceu do nada e disse que não poderíamos acender as velas. Eu não iria discutir com ela, pois segundo o ditado, teimoso é quem teima com alemão. Isso eu já aprendi!. Mas a técnica do SESC conversou com ela e depois de uns cinco minutos a "tante" voltou e perguntou se eu sabia operar um extintor de incêndio. "Claro minha senhora. Tenho formação em apagar incêndios". "Então tá.", respondeu a senhora, concluindo que tinha ligado para o presidente do teatro pedindo autorização e que se acontecesse alguma coisa, não seria responsabilidade dela. "Deixei dois extintores atrás da cortina caso aconteça alguma coisa", disse a senhorinha. Imaginem um extintor para cada vela de 5cm de altura!!! Mas eu entendo que são normas do local.

Tudo pronto para começar e a técnica do SESC me chamou e pediu para acompanhá-la até a entrada do teatro. "Preciso que você me ajude, Ney. Tem um fiscal do ECAD aí". Lá fui eu conversar com o cara e explicar que todas as músicas eram de autoria dos artistas que iriam se apresentar e eles abriam mão dos direitos de execução das próprias músicas. Que encruzilhada! Mas ele entendeu e fomos lá então para a apresentação do duo Ana Paula da Silva e Chico Saraiva.

Nosso próximo destino - Lages - SC.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Domingo em Concórdia


Chegamos na cidade Concórdia - SC no sábado dia 09 de abril no final da tarde. Depois de um passeio em Itá, chegamos cansados no hotel. Fui para o apartamento e tomei um bom banho. Logo depois falei com a Ivana para saber das novidades e ela contou que iria sair com o filho Guilherme e a namorada dele, a Thais, para comemorar os três anos de namoro do futuro casal de veterinários. A Ivana também contou que a Nina chorou ao se despedir na sexta, rumo a mais um período de estudos na Alemanha. Good luck Nineta!

Pedi um lanche no apartamento e fiquei assistindo filme até de madrugada. No domingo antes do almoço, estava no hall do hotel com o nosso motorista-manezinho, e por infelicidade da nação, é Figueirense. Com aquele jeitão típico de manezinho falar de futebol, em alto e bom som, começou a falar mal do time da Chapecoense que naquela tarde enfrentaria o time de Concórdia. Ele não percebeu, mas o time de Chapecó estava também no hotel. Quando comentei com ele que tinha jogador sentado ali ao lado, ele foi saindo de fininho e logo logo, estava torcendo para a Chapecoense, rs.

Após o almoço, fui até o local da apresentação do dia. Um café ao ar livre no memorial Attilio Fontana, casa onde viveu o fundador da Sadia e hoje é um museu que conta a vida de Fontana e da empresa. Em 1944, foi constituída a S.A. Indústria e Comércio Concórdia. O nome Sadia veio de "S.A. e "dia", três últimas letras de Concórdia.

Um público bem bacana prestigiou a apresentação. Crianças, jovens e adultos. Já era nítida a formação de um público para apreciar música autoral.

Após a apresentação, tomamos um café ali mesmo com o pessoal do SESC e a moça que cuida do museu, se prontificou para abrir o museu e a gente dar uma olhada. Ali morou Attilio Fontana, sua esposa e filhos. Onde era o escritório do empresário, os móveis, livros, documentos e um rádio-amador permanecem da mesma forma. Uma casa com paredes duplas e entre uma parede e outra existe uma espécie de serpentina para que a casa fique aquecida durante o inverno. Os azulejos dos banheiros são todos vindos de Portugal.

Na parte superior da casa ficavam os quartos, que agora servem para expor as primeiras máquinas usadas pela Sadia.

Já estava ficando frio e fomos para o hotel. Na segunda teríamos que sair às 7:15 para ir até Joaçaba, pois a Ana teria uma entrevista na TV local.

Inté!


sábado, 9 de abril de 2011


Uma passadinha em Itá


Depois da apresentação em Xanxerê na sexta dia 8 de abril nosso próximo destino era Concórdia com show no domingo. Uma folga no sábado. Nosso motorista Rogério sugeriu passar na cidade de Itá. Saímos de Xanxerê por volta de meio-dia, passamos por Seara e almoçamos em Itá.

Itá é uma cidade com aproximadamente 7 mil habitantes na divisa com RS. Na real existem duas Itá. Uma antiga fundada em 1919 e outra nova que foi construída e planejada devido a criação da usina elétrica de Itá. A água represada do rio Uruguai cobriria toda a parte habitada então as famílias foram indenizadas e foi construída uma nova cidade na parte alta, ao lado da velha cidade. A cidade nova foi totalmente planejada. O nosso amigo Chico Saraiva estava empolgadíssimo em visitar a cidade, pois seu pai, que é arquiteto, trabalhou planejando várias obras nesse local.

Depois do almoço fomos visitar a Casa da Cultura Alberton, um museu contando a história da cidade e essa transformação toda. Ao lado uma outra casa, também transformada em museu, com antiguidades doadas pelos moradores. As duas casas que abrigam os museus são casas retiradas da parte inundada e montadas na nova cidade.

Dali seguimos para ver a barragem de Itá. Uma obra gigantesca e fascinante. Cruzamos uma ponte para olhar pelo outro lado e acabamos no lado gaúcho, na cidade de Erechim. Nosso motorista quis voltar logo pois estava com medo que algum gaúcho se encantasse com ele "manezinho da ilha"!

Mas não poderíamos ir embora sem antes conhecer as torres da igreja. Quando as águas do rio Uruguai inundaram a cidade velha, apenas as torres da velha igreja ficaram de fora, e hoje é ponto turístico da cidade.

Ficamos ali um tempo apreciando aquela beleza de cenário. Uma passeio que recomendo. Visitem Itá!

sexta-feira, 8 de abril de 2011


Chapecó


Saímos de São Miguel d'Oeste por volta de meio-dia na quinta dia 7 rumo a Chapecó. Viagem de aproximadamente duas horas. Chapecó é uma cidade com quase 200 mil habitantes e tem sua economia baseada no agronegócio. É a sexta maior cidade de SC.

Com avenidas largas aparentemente parece ser uma cidade bem organizada. No Centro da cidade passamos pelo monumento "O Desbravador", inaugurado em 1981 para homenagear os primeiros colonizadores. É uma estátua gigante de um gaúcho empunhando um machado. Tem 14 metros de altura e 5 de largura e pesa 9 toneladas. De Chapecó até a divisa com o RS é rapidinho, cerca de quinze minutos de carro e você chega ao lado gaúcho.

Ficamos no hotel Asppen e logo após o check-in fomos almoçar numa padaria na esquina. Comi um beirute delicioso. O interessante que nessa região é difícil você encontrar algum lugar que venda Coca-Cola. Só tem Pepsi! Alguém sabe me dizer pq?

A tarde fui para o auditório do SESC para preparar o som e ajeitar tudo. Um auditório bacana com 90 lugares e bem organizado. Iluminação e som do próprio teatro, mas preferi usar o sistema de som que está viajando com a gente. O pessoal da empresa de sonorização montou rapidinho. Desta vez pudemos usar as imagens que a Ana trouxe mostrando o folclore brasileiro. A iluminação do teatro também enriqueceu a apresentação da noite.

Após o evento fomos comer uma pizza próximo ao hotel. Encontramos um garçom de Jaraguá do Sul e conversando, ele orientou o nosso motorista Rogério, que é fumante, a nunca dizer por aqui: "Me empresta o isqueiro?" Periga apanhar! Isqueiro por aqui é outra coisa. Vc já deve ter ouvido a expressão "Vai tomar no isqueiro!". É isso mesmo que isqueiro significa para o povo daqui.

Cada lugar com suas expressões. Isso é Brasil!.

Inté!

quinta-feira, 7 de abril de 2011


Dez horas de viagem


Saímos às 14:45 de Joinville rumo à São Miguel d'Oeste na terça dia 5 para dar início as apresentações do Circuito Catarinense de Música do SESC, com os artistas Ana Paula da Silva e Chico Saraiva. Eu estou indo como técnico de áudio no show "Raízes da Terra de Onde Venho".


Na "boléia", o motorista Rogério de Floripa. Na primeira curva falei: "Falta muito Rogério?" Lembrei do desenho dos Smoorfs: "Falta muito para chegar papai Smoorf". Era só o inicio da nossa viagem rumo ao oeste catarinense.

De Joinville seguimos por Rio do Sul (BR 470) passando por Campos Novos, Joaçaba, Chapecó e tantas outras cidades até o São Miguel d'Oeste. Chegamos 00:45. Dez horas de viagem!


Antes de sairmos de Joinville a Ana Paula me emprestou um livro para ler durante esses dias fora de casa: Gonzaguinha e Gonzagão - Uma História Brasileira. E não é que o livro é bom! Conta a história do Rei do Baião e seu filho Gonzaguinha. Em outro post comento sobre o livro.


Durante a viagem consegui ver muitas paisagens bonitas em cidades que eu nunca havia passado. Parecia que estávamos "correndo" atrás do sol, mas ele foi mais rápido e começou a se esconder. Em Curitibanos ele foi sumindo e deixando aquela cor maravilhosa no horizonte. A lua também foi surgindo deixando o céu mais bonito.

Lá pelas tantas, Chico pegou seu violão Frame e começou a ensair no escuro da van. Aos poucos a Ana também foi soltando a voz. Foi o ensaio para o show, he he.

O nosso carro deu uma apagada no meio do nada, ficamos preocupados, mas voltou rápidinho e seguimos em frente.

Em Joaçaba paramos para tomar um café. O friozinho bateu e fui obrigado a pegar minha jaqueta. Mas ainda tínhamos mais algumas horas de viagem.

Chegamos em São Miguel d'Oeste às 00:45. Fiz o check in e fui direto para o quarto do hotel. Um banho quente e cama. Cansado, queria dormir. E quem disse que consegui dormir? O vizinho do apartamento ao lado estava com a TV ligada com o volume no talo. Deitado já e querendo dormir, acabei tendo que ouvir todo o programa do Jô. O cara dormiu e deixou a TV ligada. Só desligou quando saiu pela manhã.

A tarde fui até o local da nossa primeira apresentação fazer o check sound e deixar tudo pronto para quando a Ana e o Chico chegassem.

A apresentação aqui em São Miguel foi super bacana, tudo correu bem. Set list definido, mixagem ok, seguimos viagem agora para Chapecó.

Até mais!!