quinta-feira, 14 de abril de 2011

Lages


Depois de um café da manhã digno de rei, saímos de Joaçaba pela manhã ainda. Vim conversando com o nosso motorista Rogério e curtindo a paisagem. Rogério contou várias histórias do tempo que foi motorista do exército em Florianópolis. Contou sua passagem pelo exército desde o momento em que rasparam sua cabeça ao entrar até ser promovido a motorista de general. Viajava levando o alto escalão e tudo mais. Como ele presenciou muita coisa me confidenciou que houve até um movimento entre os militares para tomar novamente o poder no Brasil. A coisa quase estourou...

Chegamos em Lages na pousada rural do SESC. Um paraíso! São 20 cabanas de frente para um lago, rodeadas de árvores, grama bem cuidada, bancos para curtir a paisagem, ver os patos na lagoa, os pássaros cantando por todos os lados, campo de futebol suiço, volei de areia, golfe, e uma grande sala com lareira junto ao restaurante.

O café da manhã e o almoço também são especiais. É impossível fazer uma dieta aqui.

Após o almoço na terça, a Ana e o Chico foram em três rádios para dar entrevistas e eu fiquei na unidade do SESC em Lages. Tive que esperar um pouco, pois havia uma sessão de cinema para o pessoal da APAE. Um teatro pequeno, mas com toda infra-estrutura para música e teatro. Boa acústica, iluminação cênica, poltronas estofadas, ar, camarim, etc, etc. "Que inveja branca" como diria minha amiga Nani. Quem sabe São Bento um dia tenha um teatro assim, como nós sempre sonhamos não é Ivana?

O que era a nossa salvação nas viagens se tornou piada durante o show. A Ana sempre separava algumas frutas, bolo, sandubas, sucos que estavam no camarim e que nós não dávamos conta de comer, e colocava numa sacola para a viagem. Aí o Chico começou a contar essa história no show e virou parte do espetáculo. A história da sacoleira Ana. Eu já acho que ela vai abrir uma quitanda em Joinville, rs.

Por falar em comida, após a apresentação fomos comer um peixe em frente a unidade do SESC. Tava uma delícia. Só não tinha pãozinho nem farofinha. Na quarta acordei cedo e abri a porta da cabana. Essa imagem no post foi a que vi logo cedinho ao som dos pássaros. Fui tomar café e encontrei os meninos da empresa de sonorização. Acabei indo com eles verificar o local da apresentação, pois houve uma mudança de local. Iria acontecer em Otacilio Costa, mas por causa de outro evento na cidade resolveram realizar na escola de música da fundação cultural. Uma sala pequena, utilizada para aulas de balé. Encontrei um pessoal bem prestativo por lá e conseguimos transformar aquela sala num auditório.

A sala ficou pequena para a apresentação. Tinha gente em pé e o show foi super bacana. Me segurei para não chorar na música do Chico Saraiva: "Na virada da Costeira". Costeira é o bairro onde minha querida tia vive em Florianópolis. Lembrei dela e também bateu saudade de casa.

Enfim, voltamos para a pousada, e o outro dia curti a folga caminhando e observando a natureza em volta. Terminei de ler o livro Gonzaguinha e Gonzagão - Uma história brasileira. A história do velho Lua é incrível. Recomendo esse livro.

A tarde caiu aquela chuva e foi inevitável tirar aquele cochilo que fazia tempo que não rolava.

Agora vou jantar. Tá friozinho e tem café colonial no restaurante da pousada. Amanhã seguindo para Criciúma.

Inté!

Nenhum comentário:

Postar um comentário