terça-feira, 19 de abril de 2011

Laguna


Deixamos o hotel em Tubarão pela manhã e seguimos rumo a Laguna, uma das cinco cidades mais antigas do país e a segunda mais antiga de SC. Chegamos antes do meio-dia no hotel e fomos almoçar. O Chico saiu com a família dele que veio de Floripa e nós três fomos num restaurante próximo ao local da apresentação: Casa do Patrimônio Iphan.

Foi um almoço com peixe e camarão, uma delícia! Após o almoço passei pelo local da apresentação, um casarão antigo tombado pelo Iphan e que é utilizado para inúmeros eventos culturais. Aproveitei e fiz algumas mudanças rápidas no posicionamento das caixas e microfones e voltei para o hotel para um cochilo. Combinamos também que após a apresentação seguiríamos direto para casa. No meu caso, iria até Joinville e pegaria o carro e subiria a serra.

A última apresentação desta primeira etapa do show Raízes da Terra de Onde Venho, ocorreu super bem, apenas o Chico ficou tímido no palco, talvez pela presença da família mas mesmo assim o público que lotou a casa adorou. O Chico seguiu com os pais para Floripa onde pegaria o primeiro voo para SP na manhã seguinte. Nos despedimos ali e Ana, eu e o motorista Rogério seguimos para o norte. A Ana Paula ficou em Meia-Praia na casa dos pais, porque sua filha estava lá. Voltaria no outro dia para Joinville. Saímos meia-noite de Meia-praia e aproveitei para tirar um cochilo, pois teria um trecho ainda para percorrer de carro até São Bento.

Em Joinville me despedi do Rogério, ele que nos transportou cuidadosamente por todas essas cidades. Dei a ele um presente que comprei em Laguna. "Seu estepô! Não precisava." Agradeceu e também partiu rumo a Floripa. O trecho dele seria mais longo que o meu.

Não lembro que horas cheguei em SBS, mas vim bem. Vim ouvindo em alto e bom som o CD "The Seeds of Love" do Tears for Fears. Desta vez não cochilei ao volante.

E foi isso a nossa primeira etapa desta turnê. Em junho seguiremos pelo norte de SC. Florianópolis, Blumenau, Joinville, Jaraguá do Sul, São Francisco, Rio do Sul, São Bento do Sul.

Here we go!



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segunda-feira, 18 de abril de 2011

Tubarão

Sábado nossa apresentação foi na cidade de Tubarão em SC. O nome da cidade deve-se ao rio Tubarão, que em tupi-guarani era chamado de Tubá-Nharô, "pai feroz". Em 1974 a cidade foi arrasada por uma enorme enchente, muita gente morreu e muitas casas foram levadas pela força da água. Ficou isolada e sem comunicação. Mas o povo sempre se supera e estão aí. A vida continua!

Após o check in, a Ana e eu estávamos esperando o Chico e o nosso motorista no saguão do hotel e presenciamos um italiano que estava hospedado reclamando de tudo e todos. Reclamava que o comércio estava fechado e não tinha nada para fazer na cidade. Eu nem tinha visto a figura, pois eu estava de costas. Perguntei para a Ana se o nariz dele era grande. Ela disse que sim e eu tive a certeza que era italiano hehe.

Saímos para almoçar, mas eu estava sem fome. O café da manhã nos hotéis eram muito bons e quase sempre eu experimentava um pouquinho de tudo.

De volta ao hotel fui tirar um cochilo e fomos para o local do evento. A apresentação de sábado foi no salão nobre da UNISUL.

O som já estava montado e só fiz algumas alterações na posição dos monitores e microfones. A passagem foi tranquila e tivemos uma boa folga antes da apresentação.

A Ana Paula comentou pouco antes do show: Hoje vai ser massa! E o Chico disse: Não fala isso que não dá certo. Em SP é assim, você comenta que o trânsito tá bom e de repente tudo fica lento.

E não deu outra... o sábio Chico tinha razão. Durante toda a turnê usei uma mesa digital, mas desde o princípio ela apresentou problemas. Os faders de repente se moviam sozinhos e alteravam o nível do som dos monitores. Pedimos para a empresa que prestou o serviço de sonorização para resolver isso, mas infelizmente isso não aconteceu e não deu outra: Na primeira música, o som dos monitores aumentou sozinho e eu não tive mais controle. A Ana parou a música e se desculpou com a platéia e soltou o verbo: "Gente, nós estamos com um problema com esta mesa desde o início da turnê. A culpa é da empresa que não atendeu a nossa solicitação. Vamos começar de novo." O público aplaudiu e seguimos. Eu torcendo para isso não acontecer novamente.

Conseguimos chegar até o final do show sem problemas. Foi um dos melhores públicos que tivemos durante a viagem. aplaudiram muito, pediram bis e após depois ficaram lá conversando e no final, uma dez pessoas acabaram indo jantar com a gente. Gostaram tanto da apresentação que confirmaram presença no show de domingo em Laguna.

sábado, 16 de abril de 2011

Rumo à Criciúma





Após um dia de descanso em Lages partimos rumo às três últimas apresentações de Ana Paula da Silva e Chico Saraiva - Raízes da Terra de Onde Venho. Críciuma, no sul do estado, é o nosso destino. Durante a viagem saindo de Lages avistei lindas paisagens, dignas de cenário de filme. Montanhas, vales, muito verde misturado ao marrom do outono, cascatas, casas, céu azul e tudo mais. Em um destes pontos está a Coxilha Rica onde os antigos tropeiros se estabeleceram no século XIX, formando grandes fazendas as quais delimitaram e dividiram com muros de pedra bruta, construídas pelos escravos negros. Coloquei meu fone de ouvido e muitos podem achar que a melhor trilha seria MPB, mas ali resolvi ouvir um disco do Queen, Made In Heaven. Éum disco muito bom que eu recomendo.

Estava curioso para conhecer a Serra do Rio do Rastro, até então só tinha visto em fotos. Paramos no mirante no topo da serra e tivemos muita sorte pois não havia nevoeiro e conseguimos apreciar essa maravilha. Realmente é algo surpreendente e fascinante. Dezenas de quatis aparecem para comer alguma fruta. Se você deixar eles comem na sua mão. Infelizmente muita gente não tem respeito com a natureza: Inúmeros sacos de salgadinhos jogados na vegetação. É uma pena. A estrada da Serra do Rio do Rastro, foi construída para a ligação da serra com o litoral catarinense. São 12 km de curvas. Tirei várias fotos do local para registrar essas imagens únicas e seguimos viagem. Ao lado desse mirante pude avistar uma usina eólica que funciona nessa região. Na descida a imagem dos paredões também era hipnotizante. Almoçamos num restaurante à beira da estrada em Lauro Muller seguimos até Criciúma. Como já passava das 14:30 eu fiquei na unidade do SESC e o pessoal seguiu para o hotel.

Acompanhei a montagem e fiz uns ajustes de som e esperei a Ana e o Chico para a passagem de som, que teria que ser mais cedo por causa de uma entrevista na rádio às 18:30.

O show rolou bem e o som também. Saímos do auditório e fomos achar algo para comer. A Ana com fome fica agitada e nervosa. Até parece alguém que conheço, hehe.

Encontramos uma pizzaria aberta aquela hora, pois segundo o nosso motorista, é raro encontrar um restaurante aberto até tarde em Cricíuma. Segundo ele, é a "Terra do X Salada", em toda esquina tem um carrinho de lanche.

Foi só comer um pouco que a Ana já se transformou. Ela é uma tiradora de sarro que não perde uma chance para imitar alguém ou contar uma piada. Rimos muito, principalmente quando ela disse que perguntas objetivas e respostas rápidas não podem ser feitas ao Chico, rs.

Fomos para o hotel pois eu estava louco por um banho. Tentei assistir um pouco mas os "lemingues" apareceram e o sono dominou.

Mais dois dias e estarei de volta em casa.

Inté!

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Lages


Depois de um café da manhã digno de rei, saímos de Joaçaba pela manhã ainda. Vim conversando com o nosso motorista Rogério e curtindo a paisagem. Rogério contou várias histórias do tempo que foi motorista do exército em Florianópolis. Contou sua passagem pelo exército desde o momento em que rasparam sua cabeça ao entrar até ser promovido a motorista de general. Viajava levando o alto escalão e tudo mais. Como ele presenciou muita coisa me confidenciou que houve até um movimento entre os militares para tomar novamente o poder no Brasil. A coisa quase estourou...

Chegamos em Lages na pousada rural do SESC. Um paraíso! São 20 cabanas de frente para um lago, rodeadas de árvores, grama bem cuidada, bancos para curtir a paisagem, ver os patos na lagoa, os pássaros cantando por todos os lados, campo de futebol suiço, volei de areia, golfe, e uma grande sala com lareira junto ao restaurante.

O café da manhã e o almoço também são especiais. É impossível fazer uma dieta aqui.

Após o almoço na terça, a Ana e o Chico foram em três rádios para dar entrevistas e eu fiquei na unidade do SESC em Lages. Tive que esperar um pouco, pois havia uma sessão de cinema para o pessoal da APAE. Um teatro pequeno, mas com toda infra-estrutura para música e teatro. Boa acústica, iluminação cênica, poltronas estofadas, ar, camarim, etc, etc. "Que inveja branca" como diria minha amiga Nani. Quem sabe São Bento um dia tenha um teatro assim, como nós sempre sonhamos não é Ivana?

O que era a nossa salvação nas viagens se tornou piada durante o show. A Ana sempre separava algumas frutas, bolo, sandubas, sucos que estavam no camarim e que nós não dávamos conta de comer, e colocava numa sacola para a viagem. Aí o Chico começou a contar essa história no show e virou parte do espetáculo. A história da sacoleira Ana. Eu já acho que ela vai abrir uma quitanda em Joinville, rs.

Por falar em comida, após a apresentação fomos comer um peixe em frente a unidade do SESC. Tava uma delícia. Só não tinha pãozinho nem farofinha. Na quarta acordei cedo e abri a porta da cabana. Essa imagem no post foi a que vi logo cedinho ao som dos pássaros. Fui tomar café e encontrei os meninos da empresa de sonorização. Acabei indo com eles verificar o local da apresentação, pois houve uma mudança de local. Iria acontecer em Otacilio Costa, mas por causa de outro evento na cidade resolveram realizar na escola de música da fundação cultural. Uma sala pequena, utilizada para aulas de balé. Encontrei um pessoal bem prestativo por lá e conseguimos transformar aquela sala num auditório.

A sala ficou pequena para a apresentação. Tinha gente em pé e o show foi super bacana. Me segurei para não chorar na música do Chico Saraiva: "Na virada da Costeira". Costeira é o bairro onde minha querida tia vive em Florianópolis. Lembrei dela e também bateu saudade de casa.

Enfim, voltamos para a pousada, e o outro dia curti a folga caminhando e observando a natureza em volta. Terminei de ler o livro Gonzaguinha e Gonzagão - Uma história brasileira. A história do velho Lua é incrível. Recomendo esse livro.

A tarde caiu aquela chuva e foi inevitável tirar aquele cochilo que fazia tempo que não rolava.

Agora vou jantar. Tá friozinho e tem café colonial no restaurante da pousada. Amanhã seguindo para Criciúma.

Inté!


Encruzilhada


Na língua tupi-guarani, Joaçaba significa "encruzilhada", a palavra indígena mais próxima de "Cruzeiro" antigo nome da cidade de Joaçaba em Santa Catarina. Foi esse o nosso destino na segunda-feira dia 11 de abril para a apresentação no teatro Alfredo Sigwalt. Um belíssimo local inaugurado em 2003 com capacidade para 459 pessoas. Um palco excelente, iluminação cênica novinha, mas adivinhem? A cabine de som fechada totalmente com vidro!!!!

Na chegada em Joaçaba deixei as coisas no hotel e fui até o teatro. Fiquei maravilhado com a beleza do lugar, mas quando vi aquele aquário, não teve jeito... teria que montar a mesa de som em outro local.

Fui conversar com a responsável pelo local, uma senhora que me mostrou todo o local e como ela era alemã, já foi dizendo na lata o que podia ou não fazer.

A tarde voltei para o teatro para orientar o pessoal da empresa de som. Usamos a iluminação do teatro pois estava tudo pronto.

O bacana desse circuito é que o pessoal do SESC é muito prestativo. Tudo que você precisar, eles dão um jeito de conseguir. O notebook que usamos para passar imagens do folclore brasileiro apresentou problemas e logo eles conseguiram outro. Infelizmente também não rolou por causa das conexões não compatíveis entre o note e o projetor. Acabamos usando um aparelho de DVD para rolar as imagens.

A Ana Paula utiliza no cenário duas velas pequenas e redondas. Antes de começar a apresentação eu vou lá para acendê-las. Estava eu realizando essa função quando a "tante" do teatro apareceu do nada e disse que não poderíamos acender as velas. Eu não iria discutir com ela, pois segundo o ditado, teimoso é quem teima com alemão. Isso eu já aprendi!. Mas a técnica do SESC conversou com ela e depois de uns cinco minutos a "tante" voltou e perguntou se eu sabia operar um extintor de incêndio. "Claro minha senhora. Tenho formação em apagar incêndios". "Então tá.", respondeu a senhora, concluindo que tinha ligado para o presidente do teatro pedindo autorização e que se acontecesse alguma coisa, não seria responsabilidade dela. "Deixei dois extintores atrás da cortina caso aconteça alguma coisa", disse a senhorinha. Imaginem um extintor para cada vela de 5cm de altura!!! Mas eu entendo que são normas do local.

Tudo pronto para começar e a técnica do SESC me chamou e pediu para acompanhá-la até a entrada do teatro. "Preciso que você me ajude, Ney. Tem um fiscal do ECAD aí". Lá fui eu conversar com o cara e explicar que todas as músicas eram de autoria dos artistas que iriam se apresentar e eles abriam mão dos direitos de execução das próprias músicas. Que encruzilhada! Mas ele entendeu e fomos lá então para a apresentação do duo Ana Paula da Silva e Chico Saraiva.

Nosso próximo destino - Lages - SC.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Domingo em Concórdia


Chegamos na cidade Concórdia - SC no sábado dia 09 de abril no final da tarde. Depois de um passeio em Itá, chegamos cansados no hotel. Fui para o apartamento e tomei um bom banho. Logo depois falei com a Ivana para saber das novidades e ela contou que iria sair com o filho Guilherme e a namorada dele, a Thais, para comemorar os três anos de namoro do futuro casal de veterinários. A Ivana também contou que a Nina chorou ao se despedir na sexta, rumo a mais um período de estudos na Alemanha. Good luck Nineta!

Pedi um lanche no apartamento e fiquei assistindo filme até de madrugada. No domingo antes do almoço, estava no hall do hotel com o nosso motorista-manezinho, e por infelicidade da nação, é Figueirense. Com aquele jeitão típico de manezinho falar de futebol, em alto e bom som, começou a falar mal do time da Chapecoense que naquela tarde enfrentaria o time de Concórdia. Ele não percebeu, mas o time de Chapecó estava também no hotel. Quando comentei com ele que tinha jogador sentado ali ao lado, ele foi saindo de fininho e logo logo, estava torcendo para a Chapecoense, rs.

Após o almoço, fui até o local da apresentação do dia. Um café ao ar livre no memorial Attilio Fontana, casa onde viveu o fundador da Sadia e hoje é um museu que conta a vida de Fontana e da empresa. Em 1944, foi constituída a S.A. Indústria e Comércio Concórdia. O nome Sadia veio de "S.A. e "dia", três últimas letras de Concórdia.

Um público bem bacana prestigiou a apresentação. Crianças, jovens e adultos. Já era nítida a formação de um público para apreciar música autoral.

Após a apresentação, tomamos um café ali mesmo com o pessoal do SESC e a moça que cuida do museu, se prontificou para abrir o museu e a gente dar uma olhada. Ali morou Attilio Fontana, sua esposa e filhos. Onde era o escritório do empresário, os móveis, livros, documentos e um rádio-amador permanecem da mesma forma. Uma casa com paredes duplas e entre uma parede e outra existe uma espécie de serpentina para que a casa fique aquecida durante o inverno. Os azulejos dos banheiros são todos vindos de Portugal.

Na parte superior da casa ficavam os quartos, que agora servem para expor as primeiras máquinas usadas pela Sadia.

Já estava ficando frio e fomos para o hotel. Na segunda teríamos que sair às 7:15 para ir até Joaçaba, pois a Ana teria uma entrevista na TV local.

Inté!


sábado, 9 de abril de 2011


Uma passadinha em Itá


Depois da apresentação em Xanxerê na sexta dia 8 de abril nosso próximo destino era Concórdia com show no domingo. Uma folga no sábado. Nosso motorista Rogério sugeriu passar na cidade de Itá. Saímos de Xanxerê por volta de meio-dia, passamos por Seara e almoçamos em Itá.

Itá é uma cidade com aproximadamente 7 mil habitantes na divisa com RS. Na real existem duas Itá. Uma antiga fundada em 1919 e outra nova que foi construída e planejada devido a criação da usina elétrica de Itá. A água represada do rio Uruguai cobriria toda a parte habitada então as famílias foram indenizadas e foi construída uma nova cidade na parte alta, ao lado da velha cidade. A cidade nova foi totalmente planejada. O nosso amigo Chico Saraiva estava empolgadíssimo em visitar a cidade, pois seu pai, que é arquiteto, trabalhou planejando várias obras nesse local.

Depois do almoço fomos visitar a Casa da Cultura Alberton, um museu contando a história da cidade e essa transformação toda. Ao lado uma outra casa, também transformada em museu, com antiguidades doadas pelos moradores. As duas casas que abrigam os museus são casas retiradas da parte inundada e montadas na nova cidade.

Dali seguimos para ver a barragem de Itá. Uma obra gigantesca e fascinante. Cruzamos uma ponte para olhar pelo outro lado e acabamos no lado gaúcho, na cidade de Erechim. Nosso motorista quis voltar logo pois estava com medo que algum gaúcho se encantasse com ele "manezinho da ilha"!

Mas não poderíamos ir embora sem antes conhecer as torres da igreja. Quando as águas do rio Uruguai inundaram a cidade velha, apenas as torres da velha igreja ficaram de fora, e hoje é ponto turístico da cidade.

Ficamos ali um tempo apreciando aquela beleza de cenário. Uma passeio que recomendo. Visitem Itá!

sexta-feira, 8 de abril de 2011


Chapecó


Saímos de São Miguel d'Oeste por volta de meio-dia na quinta dia 7 rumo a Chapecó. Viagem de aproximadamente duas horas. Chapecó é uma cidade com quase 200 mil habitantes e tem sua economia baseada no agronegócio. É a sexta maior cidade de SC.

Com avenidas largas aparentemente parece ser uma cidade bem organizada. No Centro da cidade passamos pelo monumento "O Desbravador", inaugurado em 1981 para homenagear os primeiros colonizadores. É uma estátua gigante de um gaúcho empunhando um machado. Tem 14 metros de altura e 5 de largura e pesa 9 toneladas. De Chapecó até a divisa com o RS é rapidinho, cerca de quinze minutos de carro e você chega ao lado gaúcho.

Ficamos no hotel Asppen e logo após o check-in fomos almoçar numa padaria na esquina. Comi um beirute delicioso. O interessante que nessa região é difícil você encontrar algum lugar que venda Coca-Cola. Só tem Pepsi! Alguém sabe me dizer pq?

A tarde fui para o auditório do SESC para preparar o som e ajeitar tudo. Um auditório bacana com 90 lugares e bem organizado. Iluminação e som do próprio teatro, mas preferi usar o sistema de som que está viajando com a gente. O pessoal da empresa de sonorização montou rapidinho. Desta vez pudemos usar as imagens que a Ana trouxe mostrando o folclore brasileiro. A iluminação do teatro também enriqueceu a apresentação da noite.

Após o evento fomos comer uma pizza próximo ao hotel. Encontramos um garçom de Jaraguá do Sul e conversando, ele orientou o nosso motorista Rogério, que é fumante, a nunca dizer por aqui: "Me empresta o isqueiro?" Periga apanhar! Isqueiro por aqui é outra coisa. Vc já deve ter ouvido a expressão "Vai tomar no isqueiro!". É isso mesmo que isqueiro significa para o povo daqui.

Cada lugar com suas expressões. Isso é Brasil!.

Inté!

quinta-feira, 7 de abril de 2011


Dez horas de viagem


Saímos às 14:45 de Joinville rumo à São Miguel d'Oeste na terça dia 5 para dar início as apresentações do Circuito Catarinense de Música do SESC, com os artistas Ana Paula da Silva e Chico Saraiva. Eu estou indo como técnico de áudio no show "Raízes da Terra de Onde Venho".


Na "boléia", o motorista Rogério de Floripa. Na primeira curva falei: "Falta muito Rogério?" Lembrei do desenho dos Smoorfs: "Falta muito para chegar papai Smoorf". Era só o inicio da nossa viagem rumo ao oeste catarinense.

De Joinville seguimos por Rio do Sul (BR 470) passando por Campos Novos, Joaçaba, Chapecó e tantas outras cidades até o São Miguel d'Oeste. Chegamos 00:45. Dez horas de viagem!


Antes de sairmos de Joinville a Ana Paula me emprestou um livro para ler durante esses dias fora de casa: Gonzaguinha e Gonzagão - Uma História Brasileira. E não é que o livro é bom! Conta a história do Rei do Baião e seu filho Gonzaguinha. Em outro post comento sobre o livro.


Durante a viagem consegui ver muitas paisagens bonitas em cidades que eu nunca havia passado. Parecia que estávamos "correndo" atrás do sol, mas ele foi mais rápido e começou a se esconder. Em Curitibanos ele foi sumindo e deixando aquela cor maravilhosa no horizonte. A lua também foi surgindo deixando o céu mais bonito.

Lá pelas tantas, Chico pegou seu violão Frame e começou a ensair no escuro da van. Aos poucos a Ana também foi soltando a voz. Foi o ensaio para o show, he he.

O nosso carro deu uma apagada no meio do nada, ficamos preocupados, mas voltou rápidinho e seguimos em frente.

Em Joaçaba paramos para tomar um café. O friozinho bateu e fui obrigado a pegar minha jaqueta. Mas ainda tínhamos mais algumas horas de viagem.

Chegamos em São Miguel d'Oeste às 00:45. Fiz o check in e fui direto para o quarto do hotel. Um banho quente e cama. Cansado, queria dormir. E quem disse que consegui dormir? O vizinho do apartamento ao lado estava com a TV ligada com o volume no talo. Deitado já e querendo dormir, acabei tendo que ouvir todo o programa do Jô. O cara dormiu e deixou a TV ligada. Só desligou quando saiu pela manhã.

A tarde fui até o local da nossa primeira apresentação fazer o check sound e deixar tudo pronto para quando a Ana e o Chico chegassem.

A apresentação aqui em São Miguel foi super bacana, tudo correu bem. Set list definido, mixagem ok, seguimos viagem agora para Chapecó.

Até mais!!


quarta-feira, 6 de abril de 2011


Turnê Ana Paula da Silva e Chico Saraiva


Na terça-feira dia 5, saímos de Joinville com destino ao oeste de Santa Catarina para a turnê "Raízes da terra de onde venho" com os artistas Ana Paula da Silva & Chico Saraiva. Serão quinze dias percorrendo dez cidades catarinense.

As datas são estas:

06/04 - São Miguel D'Oeste

07/04 - Chapecó

08/04 - Xanxerê

10/04 - Concórdia

11/04 - Joaçaba

12/04 - Lages

13/04 - Otacílio Costa

15/04 - Criciúma

16/04 - Tubarão

17/04 - Laguna