sábado, 11 de junho de 2011

Blumenau


Almoçamos em Blumenau no complexo do SESC e eu estava com uma cara de cansado e tentei dormir um pouco à tarde, mas não consegui. Tomei um banho bem quente, uma conferida na mochila para ver se estava tudo dentro e lá fomos nós para o Teatro Carlos Gomes. A apresentação foi em um auditório menor, mas o palco era grande e bonito, tinha a iluminação do próprio teatro que optamos por usar. O Chico Saraiva tem um problema sério com acústicas de salas boas. Ele prefere o som acústico, que lógico fica super bonito. O problema é que a Ana não consegue cantar uma hora sem som e isso todo cantor sabe, principalmente quando se tem uma apresentação por dia. Se for para cantar sem sonorização a voz acaba. Esse é um dilema que tenho enfrentado em todos os locais que chegamos. A Ana curte e entende de som e quer isso evidente e bem feito. O Chico adora tocar sem equipamento de som e isso causou um mal estar geral. Ficou evidente nessa passagem de som a maneira que cada um estava querendo fazer. Só que isso acabou prejudicando o meu trabalho porque eu tenho que agradar os dois e fico no meio desse fogo cruzado. Se aumento o som o

Chico diz que estamos estragando o som da sala. Se deixo baixo para aproveitar a acústica da sala a Ana não se sente confortável. Chegamos num meio-termo para o show poder rolar, mas ficou nítido durante a apresentação que o clima entre os dois não estava bem e como eu já estou acompanhando por um bom tempo isso também me afetou. Foi um show que eu não curti e nem eles. Fico amarrado em não poder fazer uma mixagem artística.

Voltando para o hotel, chegamos em uma pizzaria e ali o clima esquentou. Os dois tiveram um papo reto sobre o que estava acontecendo e tudo foi discutido. O papo foi longo e eu ali do lado, as vezes calado, as vezes dando minha opinião. Mas saboreando as pizzas, afinal, era um assunto que eles precisavam resolver para que o show continuasse sendo bacana.

Por fim tudo acabou sendo resolvido ali mesmo e eles chegaram a conclusão que deveriam mesmo é curtir a oportunidade, como a Ana mesmo definiu: "Quantas e quantas pessoas gostariam de estar no nosso lugar viajando, tocando e cantando? Então vamos curtir!!".

Voltamos para o hotel e na manhã seguinte rumo à Itajaí.

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